NOVAS ORIENTAÇÕES SOBRE AULAS REMOTAS:
Até agora muitas escolas usaram várias formas para se manter em contato
com os alunos, e de algum modo, realizar o ensino e aprendizagem para
crianças e adolescentes.
No nosso caso, temos usado nosso blog.
Que continua a ser usado até o dia 11/07/2020.
Pois bem! A partir de agora, as escolas estaduais do Rio Grande do Sul,
vão usar o Google sala de aula. Onde, segundo o governo, vai ser
recriada uma escola virtual com aulas online.
Mas, para que os alunos possam continuar em contato com seus
professores, e com mais qualidade, é preciso que os alunos façam seu
cadastro na plataforma do Google classroom.
Precisamos que os alunos cadastrem suas contas no link abaixo para que tenham acesso às Aulas Remotas.
O cadastro é realizado pelo link:
A partir do dia 13/07/2020 nossas aulas online serão pela plataforma Google classroom.
Cadastro para estudantes da E.E.E.M. AÇORIANOS:
O diretor MARCELO, continua a disposição PELO WHATS 981619769, tentando ajudá-los e esclarecendo as dúvidas.
Esclarecemos que esta nova orientação para o Google sala de aula, é uma
determinação do governo para todas as quase 2.500 escolas estaduais do
Rio Grande do Sul.
Turmas: 302
Professor: Aquiles Piraine Fraga
Email: fragaaquiles@gmail.com
Facebook: Aquiles Fraga; Instagram: aquilesfraga WhatsApp: 99544-2827
Atividades do dia 16/03/2020 até 20/03/2020
Coronavirus: A ética de salvar vidas x sobrevivência da economia
Assista ao vídeo
Escreva um texto dando sua opinião sobre esse tema.
No caderno, entre 15 e 20 linhas.
Atividades do dia 23/03/2020 até 27/03/2020
O que é Sociologia?
A Sociologia é a ciência que estuda a sociedade e os fenômenos que nela ocorrem sejam eles culturais, econômicos, religiosos. A sociologia se ocupa basicamente de cinco elementos: a estrutura social, os grupos sociais, a família, as classes sociais e os papéis que o indivíduo ocupa em sociedade.
O que é?
A sociologia busca explicar os vários fatores que diferenciam o comportamento humano ou, pelo contrário, porque grupos sociais diversos tendem a comportar-se de maneira semelhante. Para o estudo sociológico se considera o grupo social, as interações entre os indivíduos e os meios usados para a comunicação deste indivíduos no grupo. Assim, o objeto de estudo do sociólogo pode ser as diferentes organizações humanas como igrejas, empresas, escolas, hospitais, times esportivos, etc. ou seja, todas as instituições sociais. Igualmente analisa grupos culturais, a forma e o impacto da gestão governamental dentro de um determinado grupo.
Portanto, a sociologia parte de um determinado conceito de sociedade para investigar sua estrutura social e as relações sociais neste meio.
Como Surgiu?
Os estudos relativos à sociedade vão ganhar força após o fim da Revolução Francesa e o advento da sociedade dominada pelo modo de produção industrial. Por isso, mais que buscar a resposta na teologia ou na política, vários pensadores preferiram entender as mudanças econômicas a partir dos grupos sociais. A sociologia como disciplina separada das demais ciências humanas surgirá com o francês Auguste Comte (1798 - 1857) que cunhou o termo.
Ele foi o autor do primeiro estudo sistemático sobre sociologia e para ele, esta ciência é a culminação do método científico. Comte defendia o racionalismo diante de tudo, mas quis transformar as matérias científicas numa nova religião, o Positivismo.
No entanto, outros pensadores já tinham analisado as relações humanas de um ponto de vista do grupo como Saint-Simon (1760-1825) e Alexis de Tocqueville (1805 - 1859). Além disso, Karl Marx (1818 - 1883) fará uma contribuição primordial com a teoria das classes sociais.
Pioneiros da sociologia como ciência foram Émile Durkheim (1858 - 1917), Vilfredo Pareto (1848 - 1923), Max Weber (1864 - 1920) e Marcel Mauss (1872 -1950).
Atividade: Construa um mapa mental no seu caderno resumindo o conteúdo desta aula.
Atividades do dia 30/03/2020 até 03/04/2020
Leia a reportagem com atenção:
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"Brasileiro confia mais na religião do que na ciência
Estudo foi divulgado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
Rafael Ramos - 26/07/2019 17h19
Uma pesquisa elaborada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, apontou que o brasileiro confia mais em líderes religiosos do que em cientistas. O estudo também mostrou que a confiança na ciência vem caindo.
O levantamento foi feito com 2.200 pessoas de todas as regiões do país. A pesquisa visava verificar a percepção das pessoas sobre ciência e tecnologia e sua contribuição na sociedade.
Dos entrevistados, 69% mostraram ter maior interesse na religião. Enquanto isso, ciência e tecnologia são o assunto principal de 62% dos que responderam ao estudo.
Outro quesito que coloca os cientistas atrás das lideranças religiosas é a confiança. Pelo menos 15% dos entrevistados citaram pastores, padres e sacerdotes em geral como figuras confiáveis como fonte de informação. Enquanto apenas 12% lembraram dos cientistas."
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Atividade: O que você pensa sobre este tema? Escreva um texto explicando sua posição. O que você acha mais importante neste momento de crise, a ciência ou a religião. Defenda seu ponto de vista com argumentos. No caderno, entre 15 e 20 linhas.
Atividades do dia 06/04/2020 até 10/04/2020
Leia a notícia:
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"08-04-2020, 11h16
Desigualdade social nos EUA faz covid-19 matar mais negros do que brancos
Dados alarmantes sobre mortalidade servem de lição para o Brasil
Kennedy Alencar - WASHINGTON
Com cerca 400 mil casos e 13 mil mortes nos EUA, um detalhe do mapa do covid-19 mostra que os negros são mais atingidos do que os brancos. A fatalidade maior é resultado da desigualdade social nos EUA.
Em Illinois, com 15% da população negra, 42% das mortes foram de afro-americanos. Em Michigan, os negros representam 14% da população, mas 40% das vítimas fatais de covid-19. Na Louisiana, com 33% de habitantes negros, 70% das mortes são de afro-americanos.
A desigualdade social nos Estados Unidos explica a maior mortalidade entre negros. Essa população tem mais comorbidades, menor renda e, em muitos casos, resiste a ir ao hospital. Esta relutância não é medo do médico, mas da conta, pois nos EUA não existe saúde pública.
Muitos seguros de saúde demandam que o segurado arque com parte da despesa antes do desembolso da seguradora. Para evitar contas altas, pessoas hesitam em correr para o hospital. Em alguns casos, quando o fazem, chegam com sintomas graves devido a dias de espera.
O que acontece com a população negra nos EUA serve de alerta ao Brasil, que tem uma desigualdade social maior. É preciso implementar com urgência políticas para proteger os mais pobres no Brasil."
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Atividade: Opine sobre o conteúdo dessa notícia, escrevendo um texto no caderno. Entre 15 e 20 linhas. Explique sua opinião e reflita sobre a relação entre o Coronavirus e a desigualdade social. Você acha que as classes mais baixas são mais vulneráveis a pandemia? você acha que isso não tem nada a ver? Explique e defenda seu ponto de vista com argumentos.
Atividades do dia 13/04/2020 até 17/04/2020
Principais Autores da Sociologia I
Clique na imagem para ampliar.
Copie o mapa mental para o seu caderno.
Atividades do dia 20/04/2020 até 24/04/2020
Principais Autores da Sociologia II
Clique na imagem para ampliar.
Copie o mapa mental para o seu caderno.
Atividades do dia 27/04/2020 até 01/05/2020
Principais Autores da Sociologia III
Clique na imagem para ampliar.
Copie o mapa mental para o seu caderno.
Atividades do dia 01/06/2020
Escreva uma redação, obedecendo as seguintes regras: mínimo 25 linhas, máximo 30 linhas.
Tema: Quais as lições que a pandemia do coronavírus está nos deixando? podemos aprender a viver um "novo normal" no futuro? qual tipo de mundo que teremos quando tudo isso passar?
Desenvolva seu pensamento a partir destas questões, dando tua opinião.
Escreva uma redação, obedecendo as seguintes regras: mínimo 25 linhas, máximo 30 linhas.
Tema: Quais as lições que a pandemia do coronavírus está nos deixando? podemos aprender a viver um "novo normal" no futuro? qual tipo de mundo que teremos quando tudo isso passar?
Desenvolva seu pensamento a partir destas questões, dando tua opinião.
Atividades do dia 08/06/2020
Leia o texto abaixo:
Morte de George Floyd:
4 fatores que explicam por que caso gerou onda tão grande de protestos nos EUA
- BBC News Mundo
Em novembro de 2014, quando Donald Trump fez o seguinte comentário pelo Twitter, mal poderia imaginar que um dia estaria na Casa Branca tendo que lidar com um problema semelhante: "Nosso país está totalmente dividido e, com nossa fraca liderança em Washington, pode se esperar que os distúrbios e saques de Ferguson ocorram em outras partes do país".
Naquela ocasião, ele fazia referência aos protestos na cidade de Ferguson, no Estado do Missouri, onde o jovem negro Michael Brown, de 18 anos, havia sido morto pelo policial branco Darren Wilson. O presidente do país era Barack Obama.
Cinco anos e meio depois, os Estados Unidos vivem a mais grave onde de manifestações desde 1968, após o assassinato do líder de direitos civis Martin Luther King Jr.. Desta vez, o estopim dos protestos foi a morte de George Floyd, um americano negro de 46 anos, que foi sufocado por um policial branco, que se ajoelhara sobre seu pescoço por mais de 8 minutos.
O caso provocou manifestações em mais de 75 cidades. Em mais de 40 delas, as autoridades decretaram toque de recolher. A Guarda Nacional (força militar que os EUA reservam para emergências) foi acionada com 16 mil soldados despachados para 24 Estados e a capital, Washington.
Por que este assassinato — que apesar de chocante, é semelhante a vários outros episódios — provocou protestos tão grandes?
1. Uma morte, muitos casos
Capturada em vídeo por uma testemunha, a imagem do policial com o joelho sobre o pescoço da vítima, que, deitada na rua e imobilizada, dizia "não consigo respirar", é tida como o gatilho da onda de indignação que tomou o país.
"O que pôs tudo isso em marcha foi o brutal assassinato de George Floyd na semana passada. Foi o catalisador, o que levou as pessoas às ruas", disse Ashley Howard, professora assistente de História e Estudos Afro-americanos da Universidade de Iowa à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
Ela diz que essa morte não foi um caso isolado; que as comunidades negras estão submetidas a uma constante e excessiva vigilância por parte da polícia.
Essa situação criou um paradoxo, que Julian Zelizer, historiador político da Universidade de Princeton, resume assinalando que os negros vivem com medo "porque se sentem vulneráveis perante aqueles que deveriam protegê-los".
É comum encontrar queixas de cidadão negros americanos nas redes sociais dizendo sentir que são detidos pela polícia pelo simples fato de serem negros.
E dados indicam que isso não é apenas uma percepção.
Um artigo de Rashawn Ray, do centro de pesquisas Brookings Institution, afirma que pessoas negras têm 3,5 vezes mais chances de serem mortas por policiais do que brancas em situações em que não existe ataque ao policial ou porte de armas. Entre adolescentes, a probabilidade é 21 vezes maior. A polícia americana mata uma pessoa negra a cada 40 horas.
"Um em cada mil negros morre nas mãos da polícia. E por mais impressionantes que sejam essas estatísticas, elas ainda são melhores do que no passado. É por isso que há protestos de Minneapolis a Los Angeles", diz Ray.
2. Racismo estrutural
Os excessos policiais não são a única faceta do racismo nos Estados Unidos — nem foram o único motivo para os protestos.
Ashley Howard, da Universidade de Iowa, diz que a desigualdade afeta profundamente a vida dos negros nos EUA, e que ela está na origem de várias disparidades significativas, "de (índices de) mortalidade materna à diferenças na renda e na riqueza que é passada de uma geração à outra".
Howard também explica que os negros americanos possuem renda e escolaridade menores que os brancos, e também são maioria na população carcerária.
"Todas essas coisas são parte do pano de fundo. As pessoas tem consciência do fato horrível de que suas vidas podem ser apagadas a qualquer momento. Isso também leva as pessoas a se manifestarem nas ruas", diz Howard.
3. Pandemia que discrimina
Os protestos acontecem em um momento em que a pandemia do covid-19 já matou mais de 100 mil pessoas nos Estados Unidos e deixou 40 milhões sem emprego.
Howard diz que os negros americanos sofrem de forma desproporcional com a pandemia, com maiores números de mortes e casos da doença nesta população. Isso porque, segundo a pesquisadora, os negros formam uma grande parte dos trabalhadores que estão na linha de frente da economia, com empregos como motoristas de ônibus, atendentes de lojas ou assistentes de saúde.
E há outros problemas gerados pelo racismo.
"Eles têm acesso a atendimento médico? Podem tirar um dia livre de trabalho se ficam doentes? Alguém paga pelo dia não trabalhado? Há hospitais em suas comunidades? Eles têm apoio para cuidar dos filhos, no caso de doenças? Todos esses problemas de racismo estrutural se agravam durante a pandemia."
Julian Zelizer, da Universidade de Princeton, acrescenta que, "historicamente, os protestos violentos ocorrem durante o verão, quando há calor e muita gente está incomodada e tensa", e diz não ter dúvidas de que a pandemia golpeou duramente os negros americanos.
"A maneira distinta como isso foi enfrentado pela comunidade negra recendeu a raiva sobre como funciona a sociedade americana e creio que o medo do desemprego deixou muita gente incomodada e disposta a protestar."
4. A reação da Casa Branca
A esses fatores, diz Zelizer, se somou a resposta equivocada do governo de Donald Trump, que ajudou a "inflamar" a situação.
"As pessoas precisam de um presidente que peça calma, mas que também escute e responda às causas do que está acontecendo", diz ele.
Zelizer questionou os apelos de Trump por lei e ordem usando frases como "os saques levam a tiroteios", que eram usadas por "algumas das vozes mais reacionárias" da década de 1960.
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Atividade: O que você pensa sobre isso? escreva tua opinião e discuta com teus colegas este tema. Você já sofreu ou presenciou uma cena de racismo? Conte como foi e o que você sentiu.
Atividades do dia 15/06/2020
Antropologia
Antropologia é um ramo das ciências sociais que estuda o ser humano e a sua origem de maneira abrangente. Por meio de estudos sobre as características físicas, a cultura, a linguagem e as construções do ser humano, o antropólogo vai buscar determinar, com base em grupos sociais específicos, como se formaram os seres humanos a ponto de tornarem-se o que são em suas comunidades.
Conceito de antropologia
A palavra antropologia tem origem no idioma grego, o radical “antropo” vem de antrophos (homem) e “logia” vem de logos (razão ou, em sentido específico, estudo). A antropologia é, ao traduzirmos a palavra ao pé da letra, o estudo do ser humano em seu aspecto mais amplo.
A antropologia busca compreender como o ser humano formou-se e tornou-se o que ele é. Portanto, o antropólogo busca as raízes do ser humano estabelecendo (como a história) um estudo do passado para compreender quais foram essas origens. Isso é feito de maneira física ou biológica, social, cultural e até linguística, dependendo de qual vertente da antropologia estudada e de qual método antropológico utilizado.
O que a antropologia estuda?
Os estudos antropológicos buscam compreender como os povos viveram, como os seres humanos formaram-se e como a cultura humana desenvolveu-se. Dessa maneira, o antropólogo busca o trabalho de imersão numa determinada sociedade, a fim de observar e traçar teorias sobre a constituição cultural ou física dos indivíduos daquela sociedade.
Tipos de antropologia
→ Concepção clássica de antropologia estabelecida a partir dos estudos europeus do século XIX e XX
Antropologia biológica ou física: é um estudo da formação do ser humano em seus aspectos físicos. Os antropólogos dessa vertente buscam, junto à biologia, determinar quais fatores levaram os seres humanos a desenvolver determinados atributos físicos em sociedades específicas. Dessa maneira, se um antropólogo está estudando uma aldeia indígena que tem características próprias, ele vai procurar saber quais fatores geográficos e biológicos levaram aquela tribo a desenvolver as suas características peculiares.
Antropologia cultural: é uma vertente mais ampla e busca compreender como se formaram as culturas dos diferentes grupos humanos, tomando cultura como um conjunto de hábitos, costumes, valores, religião, arte, culinária etc.
→ Concepção estadunidense de antropologia, subdividida em quatro campos
Antropologia biológica ou física: consiste no mesmo estudo de antropologia biológica ou física da divisão europeia clássica.
Antropologia cultural: consiste no mesmo estudo de antropologia cultural da divisão europeia clássica.
Antropologia linguística: com base nos estudos da linguagem de uma sociedade, determina as origens daquele povo. Um importante antropólogo que deu os impulsos para o reconhecimento desse ramo da antropologia foi o alemão, radicado nos Estados Unidos, Franz Boas. No fim da primeira metade do século XX, o antropólogo belga Claude Lévi-Strauss desenvolveu uma teoria que ficou conhecida como antropologia estruturalista, a qual se baseia na linguagem para determinar as estruturas similares das pessoas dentro de uma cultura. Apesar da importância de Boas, é com Lévi-Strauss que a antropologia passa a identificar na linguagem um objeto central de estudo.
Arqueologia: busca compreender a formação do ser humano com base nos objetos materiais deixados por ele. Nesse sentido, o arqueólogo busca por armas, utensílios culinários, vestimentas, escritos e pinturas e utensílios em geral que possam expressar como os povos antigos viviam, o que permite elaborar teorias sobre o modo de vida e cultura dos seres humanos no passado.
Antropologia e sociologia
A antropologia surgiu como uma ferramenta da sociologia para compreender as diferenças étnicas dos seres humanos. No século XIX, nos estudos de história e geografia contemporâneos, a sociologia e a antropologia surgiram com um objetivo bem específico: servir como meios de auxílio para o capitalismo industrial.
A expansão industrial que a Europa viveu no século XIX colocou uma nova necessidade para a economia europeia: a busca de recursos naturais que serviriam de matéria-prima para a produção. Para satisfazer tal busca, as potências europeias, em especial a Inglaterra, a França e a Alemanha, iniciaram um novo processo de colonização dos países não desenvolvidos situados na África, na Oceania e na Ásia e que possuíam recursos naturais em abundância.
No século XV, durante o colonialismo europeu liderado, principalmente, por Portugal, Espanha e Inglaterra, as justificativas para a dominação das colônias e dos povos que lá viviam e a justificativa da escravidão davam-se pela religião: os europeus nutriam a crença de que eles deveriam colonizar os territórios pagãos e levar o cristianismo a esses lugares, pois isso seria o caminho para a salvação daqueles povos.
Além disso, os europeus acreditavam que havia uma predestinação divina que os permitia dominar povos que, no seu ponto de vista, eram atrasados. Muitos navegantes que participaram desse primeiro movimento de colonização escreveram relatos considerados documentos antropológicos de um período pré-científico, ou seja, de quando a antropologia ainda não era uma ciência bem construída.
No século XIX, a sociedade intelectual europeia não mais acreditava cegamente na religião, pois a ciência tinha tomado nela um lugar de destaque. Nesse momento de intensa colonização, para a obtenção de recursos para a indústria, os europeus tiveram que justificar as suas ações de maneira científica. Para tanto, surge um primeiro movimento da antropologia como parte dos estudos de sociologia que visava analisar e classificar os seres humanos de etnias diferentes.
Os primeiros estudos antropológicos eram extremamente etnocêntricos, ou seja, analisavam as culturas diferentes com base no ponto de vista de uma pessoa imersa na cultura europeia. Com isso, os europeus visavam mostrar que sua cultura e seu desenvolvimento eram superiores aos das demais sociedades, colocando a colonização como um movimento necessário de civilização para aquelas sociedades que, nesse ponto de vista, eram atrasadas.
Assim, a antropologia surge primeiro como uma parte da sociologia e, depois, torna-se uma ciência humana autônoma, relacionada fortemente com a sociologia, mas com suas especificidades. Podemos dizer que a sociologia estuda a sociedade e analisa-a no tempo presente. Já a antropologia estuda o ser humano e analisa-o no passado para entender as suas formações mais primitivas.
Antropologia evolucionista
A antropologia evolucionista foi o primeiro movimento de estudos antropológicos liderado pelo antropólogo e biólogo inglês Edward Burnett Tylor e pelo geógrafo e biólogo Herbert Spencer. Para esses primeiros antropólogos, a teoria da evolução, de Charles Darwin (em alta na sociedade intelectual europeia do século XIX), poderia ser aplicada à formação das sociedades.
Dessa maneira, assim como os animais desenvolveram-se biologicamente, sendo que alguns evoluíram e ficaram mais aptos ao meio, a cultura também tinha evoluído porque alguns seres humanos, supostamente, teriam evoluído mais. Surge aí a noção etnocêntrica de raça, que alegava que algumas “raças humanas” eram superiores a outras.
Também surgem as noções de cultura superior e cultura inferior, sendo que o padrão de medida de tais era o da própria cultura europeia. Com isso, não causou espanto a ideia de que a cultura europeia desenvolvida pelo homem branco era superior e que as culturas desenvolvidas por povos de outras etnias eram inferiores. Para os evolucionistas ou darwinistas sociais, o fato de haver diferentes níveis hierárquicos de desenvolvimento cultural evidenciava a justificação da dominação dos povos “inferiores” pelos povos “superiores”.
Atividade: Crie um mapa mental a partir deste texto.
Atividades do dia 22/06 até 27/06
Início da Sociologia no BrasilA Sociologia no Brasil, ou Sociologia Brasileira, se iniciou nas décadas de 1920 e 1930. Os intelectuais da área estabeleceram que iriam se dedicar a realizar pesquisas que procuravam construir uma compreensão a respeito da formação da sociedade brasileira. Inúmeros aspectos fundamentais para essa compreensão estavam em pauta para que fossem analisados. Tais como:
- A escravatura e abolição;
- Índios e negros, bem como o êxodo dessas populações;
- O processo de colonização.
A análise desses temas foi fundamental para que os estudiosos compreendessem a formação da sociedade brasileira. Para entender as relações de trabalho, a consciência, a cidadania e a formação da população brasileira, precisamos necessariamente compreender os três pontos mencionados acima.
Principais temas abordados pela Sociologia no BrasilOs principais temas abordados pela Sociologia brasileira nas décadas seguintes estavam majoritariamente relacionados às classes trabalhadoras. Inúmeros assuntos ganharam a atenção dos estudiosos, tais como:
- Salário;
- Jornadas de trabalho;
- Ambientes de trabalho urbano e rurais;
- Relações entre empregados e empregadores;
- Organizações e condições dos ambientes de trabalho.
A partir da década de 1960, os estudiosos começaram a se preocupar com o processo de industrialização que se instalava no Brasil. Inúmeros debates sociológicos abordavam temas dos novos problemas políticos e sociais que a industrialização ocasionava.
Por volta de 1964, os sociólogos que estudavam a sociedade brasileira começaram a se dedicar a estudar os problemas econômicos e políticos do país. Tais problemas surgiram no mesmo período do regime militar, que ocorreu de 1964 a 1985 no Brasil.
Sociologia na Educação BrasileiraDurante o regime militar, a disciplina de Sociologia havia sido banida do Ensino Médio brasileiro. Somente na década de 80, após o fim da ditadura, foi que a Sociologia foi reimplantada nas salas de aula como disciplina do ensino médio, porém de forma facultativa. Naquela mesma época, a Sociologia também foi profissionalizada no Brasil.
Isso aconteceu porque a sociologia brasileira estava instrumentalizada pela ótica marxista comunista de ler a sociedade, o que levava à distorção dos fatos sociais. Sendo assim, os militares ficaram atentos a esta disciplina.
Mesmo assim, não sendo obrigatória no Ensino Médio e depois sendo facultativa, nas universidades seu estudo não foi impedido.
Inúmeros temas foram abordados durante esse período, tais como:
- Política;
- Economia;
- Alterações sociais decorrentes da nova república de 1985;
No entanto, além dessas temáticas, os sociólogos começaram a analisar também a mulher e o trabalhador do campo. A partir do ano de 2009 a Sociologia foi definida como disciplina obrigatória no ensino médio no Brasil.
Atividades do dia 29/06 até 04/07
Principais Sociólogos Brasileiros
Florestan FernandesFlorestan Fernandes foi extremamente importante para o desenvolvimento do estudo sociológico no Brasil. Ele sempre se manteve muito comprometido com os estudos de perspectivas teórico-metodológicas, se empenhando na fundamentação da Sociologia enquanto ciência. Florestan foi fundamental na atuação no desenvolvimento e orientação de pesquisas do processo de industrialização e mudanças sociais no Brasil.
“Afirmo que iniciei a minha aprendizagem sociológica aos seis anos, quando precisei ganhar a vida como se fosse um adulto e penetrei, pelas vias da experiência concreta, no conhecimento do que é a convivência humana e a sociedade“ — Florestan Fernandes
Darcy RibeiroDarcy Ribeiro foi um antropólogo, escritor e político brasileiro que desenvolveu trabalhos fundamentalmente nas áreas de educação, sociologia e antropologia. Sua principal obra “O Povo Brasileiro” traz as características da população brasileira, dando ênfase em sua formação e organização social. Darcy Ribeiro também é conhecido pelas pesquisas desenvolvidas a partir dos aspectos relacionados aos indígenas, com grandes e ricas observações e relatos antropológicos.
“A estratificação social separa e opõe, assim, os brasileiros ricos e remediados dos pobres, e todos eles dos miseráveis, mais do que corresponde habitualmente a esses antagonismos. Nesse plano, as relações de classes chegam a ser tão infranqueáveis que obliteram toda comunicação propriamente humana entre a massa do povo e a minoria privilegiada, que a vê e a ignora, a trata e a maltrata, a explora e a deplora, como se esta fosse uma conduta natural.” — Darcy Ribeiro
Gilberto FreyreGilberto Freyre é reconhecido como um dos maiores nomes da Sociologia no Brasil. Suas pesquisas trazem temas como Portugal, o mundo ibérico e a presença portuguesa nos trópicos. Seu objetivo com tais escritos era demonstrar o papel dos portugueses na formação de civilizações modernas através da colonização.
“Matavam-se bois, porcos, perus. Faziam-se bolos, doces e pudins de todas as qualidades. A galinha, aliás, figura em várias cerimônias religiosas e tisanas afrodisíacas dos africanos no Brasil. O açúcar – que fez acompanhar sempre do negro – adoçou tantos aspectos da vida brasileira que não se pode separar dele a civilização nacional.” – Gilberto Freyre
Sérgio Buarque de HolandaSérgio Buarque de Holanda foi um dos historiadores brasileiros mais relevantes, porém ele também exerce um papel importantíssimo de influência e participação na área da Sociologia. Um de seus principais trabalhos, “Raízes do Brasil” traz algumas temáticas centrais da formação da cultura brasileira e do processo de formação da sociedade.
“Para estudar o passado de um povo, de uma instituição, de uma classe, não basta aceitar ao pé da letra tudo quanto nos deixou a simples tradição escrita. É preciso fazer falar a multidão imensa dos figurantes mudos que enchem o panorama da história e são muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros, os que apenas escrevem a história.” — Sérgio Buarque de Holanda
Caio Prado JuniorCaio Prado Junior foi outro intelectual importante para a Sociologia no Brasil. Ele publicou “Formação do Brasil Contemporâneo” que teve como temática principal a formação da sociedade e do povo brasileiro desde a chegada dos portugueses. A ênfase dessa obra foi o processo de colonização e sua influência na formação da sociedade brasileira.
“O grande problema brasileiro é levantar o nível dessa massa da população, porque cultura é um fato coletivo, e não individual. É preciso usar o máximo dos recursos do país para dar saúde e educação para essa massa.“ — Caio Prado Júnior
Atividades do dia 06/07 até 11/07
ATIVIDADE: Escolha um dos sociólogos brasileiros da aula anterior e realize uma pesquisa sobre suas principais ideias.