NOVAS ORIENTAÇÕES SOBRE AULAS REMOTAS:
Até agora muitas escolas usaram várias formas para se manter em contato
com os alunos, e de algum modo, realizar o ensino e aprendizagem para
crianças e adolescentes.
No nosso caso, temos usado nosso blog.
Que continua a ser usado até o dia 11/07/2020.
Pois bem! A partir de agora, as escolas estaduais do Rio Grande do Sul,
vão usar o Google sala de aula. Onde, segundo o governo, vai ser
recriada uma escola virtual com aulas online.
Mas, para que os alunos possam continuar em contato com seus
professores, e com mais qualidade, é preciso que os alunos façam seu
cadastro na plataforma do Google classroom.
Precisamos que os alunos cadastrem suas contas no link abaixo para que tenham acesso às Aulas Remotas.
O cadastro é realizado pelo link:
A partir do dia 13/07/2020 nossas aulas online serão pela plataforma Google classroom.
Cadastro para estudantes da E.E.E.M. AÇORIANOS:
O diretor MARCELO, continua a disposição PELO WHATS 981619769, tentando ajudá-los e esclarecendo as dúvidas.
Esclarecemos que esta nova orientação para o Google sala de aula, é uma
determinação do governo para todas as quase 2.500 escolas estaduais do
Rio Grande do Sul.
Turmas: 102, 103 e 104
Professor: Jaqueline Ribeiro de Souza
Email:
profproelee@gmail.com
WhatsApp:
ATIVIDADES DE 16.03.20 ATÉ 20.03.20
. AS ATIVIDADES DEVERÃO SER APRESENTADAS NO RETORNO DAS AULAS., DE PREFERÊNCIA FEITAS NO CADERNO, POIS A CORREÇÃO SERÁ FEITA NO RETORNO DAS AULAS TAMBÉM! OBS: Duvidas poderão ser tiradas pelo contato e-mail acima! Antes de postar meus conteúdos, gostaria de me apresentar! Meu nome é Jaqueline, sou nova na escola , ou nao! Dei aula na escola em 2009, e exatamente 10 anos depois eu retornei a escola...o ano passado....! Estou curiosa para conhecer cada um DE VCS!Espero que tudo volte ao normal o mais rápido possível! Mas por enquanto um recado: fiquem em casa!
Introdução à Literatura (Resumo)
A Literatura é o espelho social de uma época,
pois nos mostra a face do artista e também o cenário no qual produziu
sua obra, ou seja, a sociedade em que viveu. O estudo da Literatura
auxilia-nos a compreender melhor a natureza de nossas ações e
sentimentos. As obras de escritores e poetas nos ajudam a entender como
nós, seres humanos, temos nos comportado ao longo dos séculos e, a
partir do exemplo e da experiência alheios, refletir sobre nosso próprio
comportamento.
A Leitora, de Auguste Renoir
A
palavra Literatura, etimologicamente falando, deriva da palavra latina
littera ae, que significa "letra do alfabeto, caráter da escrita". Em
latim, litteratura ae, significa a ação de traçar as letras. Por
metonímia, passou a designar o ato de escrever com a intenção estética.
Características do texto literário:
- Ficcionalidade;
- Função estética;
- Plurissignificação;
- Subjetividade.
A visão apolínea e a visão dionísica
Apolo (deus do Sol) e Dionísio (deus do vinho) são deuses da mitologia grega nos quais o filósofo alemão Friedrich Nietzsche
se inspirou para caracterizar a alternância entre duas maneiras
fundamentais de ver o mundo e representá-lo nos textos literários.
Segundo o filósofo, a visão apolínea caracteriza-se pela ênfase em uma
postura objetiva, racional, analítica, fundamentada no real. Através da
visão apolínea, Nietzsche explica as características assumidas pelos
gêneros dramático e épico. Por outro lado, a visão dionísica é, segundo o
filósofo, caracterizada por uma postura emocional, subjetiva,
idealista, típica, na visão do filósofo, das produções líricas. O
interessante será perceber, à medida que nos aprofundamos no estudo das
escolas literárias, que realmente podemos observar um movimento pendular
dos escritores, ora optando por uma postura mais analítica e objetiva,
ora investindo no subjetivismo das emoções.
Estilos de época
Estilo
de época é a denominação dada ao conjunto de traços e normas que
orientam e caracterizam a produção característica de um determinado
momento histórico. São várias as escolas literárias tradicionalmente
estudadas: Trovadorismo, Quinhentismo, Classicismo, Barroco, Arcadismo,
Romantismo, Realismo, Naturalismo, Simbolismo, Parnasianismo, Modernismo
e Pós-Modernismo (contemporaneidade).
Responda as seguintes perguntas de acordo com o texto acima lido:
1) O que é literatura?
2) Quais são as características de um texto literário?
3) Quais são as escolas literárias estudadas ?
4) Pesquise externamente cada uma das características de um
texto literário:
ATIVIDADES DE 23.03.20 ATÉ 27.03.20
. AS ATIVIDADES DEVERÃO SER APRESENTADAS NO RETORNO DAS AULAS., DE PREFERÊNCIA FEITAS NO CADERNO, POIS A CORREÇÃO SERÁ FEITA NO RETORNO DAS AULAS TAMBÉM!
TEXTO LITERÁRIO / TEXTO NÃO LITERÁRIO E GÊNERO LITERÁRIOS-
TEXTO
LITERÁRIO / TEXTO NÃO LITERÁRIO E GÊNERO LITERÁRIOS
Gênero literário é uma categoria de composição literária. A classificação das obras literárias pode ser feita de acordo com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos, formais, contextuais e outros.
Na história, houve várias classificações de gêneros literários, de modo que não se pode determinar uma categorização de todas as obras seguindo uma abordagem comum. A divisão clássica é, desde a Antiguidade, em três grupos: narrativo ou épico, lírico e dramático.
O gênero lírico trata-se da manifestação de um eu lírico que expressa seu mundo interior, suas emoções, ideias e impressões. E um texto subjetivo, com predominância de pronomes e verbos em 1° pessoa e se faz, na maioria das vezes, em versos e explora a musicalidade das palavras.
Gênero
Épico - O texto épico relata fatos históricos
realizados pelos seres humanos no passado nas composições desse gênero há a
presença de um narrador, que quase sempre conta uma história que envolve
terceiros, os verbos e pronomes quase sempre estão na 3° pessoa, porque a
história contada trata "dele" ou "deles" geralmente são
longos e narram histórias de um povo e uma nação geralmente apresentam um tom
de exaltação, de valorização de heróis e seus feitos, os poemas épicos intitulam-se epopeias um
dos mais renomados poetas da nossa cultura é Luiz de Camões
Gênero
Dramático enquanto o gênero épico valoriza seus heróis e
feitos o gênero dramático expõe os conflitos da humanidade e a manifestação
da miséria humana esse gênero foi feito para ser atuado e não narrado a
historia e mostrada no palco o texto se desenvolve em diálogos, obrigando a uma
sequência rigorosa das cenas e das relações de causa e consequência
Gênero narrativos começaram a surgir no final da idade média,
e começaram a ganhar mais prestigio com o declínio da epopeia, pode se dizer
que todos os textos do gênero narrativo moderno são da família do gênero épico
pois os dois se prestam a contar uma história ficcional qualquer um destes tem
como enredo, as personagens, o espaço, o tempo, o ponto de vista da narrativa.
Eles vão se diferenciar por critérios como origem, tamanho, tempo, espaço
narrativo, número de personagens, etc.
Seguem, abaixo, modalidades textuais pertencentes ao
gênero narrativo.
· Romance: é um texto
completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos de carácter verossímil.
·
Fábula: é um texto
de carácter fantástico que busca ser inverossímil (não tem nenhuma semelhança
com a realidade). As personagens principais são animais ou objetos, e a
finalidade é transmitir alguma lição de moral.
· Epopeia ou Épico: é uma
narrativa feita em versos, num longo poema que ressalta os feitos de um herói
ou as aventuras de um povo. Três belos exemplos são Os Lusíadas, de Luís de
Camões, Ilíada e Odisseia, de Homero.
·
Novela: é um texto
caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a
brevidade do conto. O personagem se caracteriza existencialmente em poucas
situações. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O
Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.
· Conto: é um texto
narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações
rotineiras, anedotas e até folclores (conto popular). Caracteriza-se por
personagens previamente retratados. Inicialmente, fazia parte da literatura
oral e Boccaccio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a
publicação de Decameron.
· Crônica: é uma
narrativa informal, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial, breve,
com um toque de humor e crítica.
· Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o
poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas
a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado.
Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um
tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral,
comportamental, literário, etc.), sem que se paute em formalidades como
documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico.
O que um texto
literário e um texto não literário?
Texto literário é todo aquele que contém conotações, ou seja, pode ser entendido e interpretado por diversos sentidos diferentes como é o caso da poesia, conto, crônica, novela, romance, teatro, etc...
Já o não literário contém denotações, ou seja, o que está escrito é no sentido de dicionários, não permite outras interpretações. É o caso das notícias de jornal, os manuais de instrução, as bulas de remédios, esta explicação que estou dando, etc...
Texto literário é todo aquele que contém conotações, ou seja, pode ser entendido e interpretado por diversos sentidos diferentes como é o caso da poesia, conto, crônica, novela, romance, teatro, etc...
Já o não literário contém denotações, ou seja, o que está escrito é no sentido de dicionários, não permite outras interpretações. É o caso das notícias de jornal, os manuais de instrução, as bulas de remédios, esta explicação que estou dando, etc...
RESUMO
Bom os textos literários, são aqueles que, em geral, têm o objetivo de emocionar o leitor, e para isso exploram a linguagem conotativa ou poética. Em geral, ocorre o predomínio da função emotiva e poética.
Exemplos
de textos literários: poemas, romances literários, contos, telenovelas.
Os textos não literários pretendem informar o
leitor de forma direta e objetiva, a partir de uma linguagem denotativa. A
função referencial predomina nos textos não-literários.
Exemplos
de textos não-literários: notícias e reportagens
jornalísticas, textos de livros didáticos de História, Geografia, Ciências,
textos científicos em geral, receitas culinárias, bulas de remédio. E gêneros
literários são a classificação das obras literárias que pode ser desde gênero
lírico que nada mais e do que uma expressão do mundo inteiro das suas
ideias e impressões , ou do gênero épico que nada mais é do que uma
narrativa de um história que pode ser desde um povo as guerras, viagens e etc.,
também tem o gênero dramático que e mais usado em peças teatrais e que
contam fatos tristes como a miséria humana e por último o gênero narrativo
que é o mais novo e o mais comum hoje em dia que simplesmente retrata novelas e
histórias fictícias.
Texto Literário:
Poemas, romances literários, contos, lendas etc.
Características:
Linguagem conotativa (sentido figurado);
Presença da Função Poética (centra-se na mensagem e preocupa-se com a arrumação das palavras);
Presença da Função Emotiva (expressa sentimentos);
Presença de figuras de linguagens;
Musicalidade.
Texto não literário:
Reportagens, receitas, livros didáticos etc.
Linguagem denotativa (sentido real);
Predomínio da Função Referencial (linguagem direta centrada na informação);
Linguagem impessoal (sem traços particulares, escrita em 3ª pessoa);
Fatos reais
GÊNEROS LITERÁRIOS - EXERCÍCIOS
01) O gênero lírico na maioria das vezes é expresso pela:
a) Poesia.
b) Jornal.
c) Cinema.
d) Show.
e) Novela.
02) O gênero dramático geralmente é composto de textos que foram escritos para serem encenados em forma de:
a) Música.
b) Peça de teatro.
c) Poesia.
d) Novela.
e) Cinema.
03) A sátira é um texto de caráter ridicularizador, podendo ser também uma crítica indireta a algum fato ou a alguém. Segundo o site, um bom exemplo pode ser:
a) Canção.
b) História.
c) Piada.
d) Filme.
e) Teatro.
04) Geralmente a fábula tem por finalidade transmitir:
a) Alguma lição de moral.
b) Alguma crítica.
c) Alguma estória.
d) Alguma mensagem.
e) Algum elogio.
05) Segundo Aristóteles, os gêneros literários são geralmente divididos em:
a) Real, ficção e comédia.
b) Narrativo, lírico e dramático.
c) Circo, Novela e teatro.
d) Real, sonho e filme.
e) Narrativo, subjetivo e adjetivo.
06) No gênero narrativo, as narrativas utilizam-se de diferentes linguagens. São elas:
a) Gestual, conto e romance.
b) Verbal, novela e crônica.
c) Romance, epopeia e novela.
d) Crônica, fábula e conto.
e) Verbal, gestual e visual.
ATIVIDADES DE 30.03.20 ATÉ 03.04.20
. AS ATIVIDADES DEVERÃO SER APRESENTADAS NO RETORNO DAS AULAS., DE PREFERÊNCIA FEITAS NO CADERNO, POIS A CORREÇÃO SERÁ FEITA NO RETORNO DAS AULAS TAMBÉM!
ATIVIDADE EM CLASSE
1.
Leia o texto abaixo para responder as
questões que se segue:
AS FRÔ DE PUXINANÃ
Três muié ou três irmã,
três cachôrra da mulesta,
eu vi num dia de festa,
no lugar Puxinanã.
A mais véia, a mais ribusta
era mermo uma tentação!
mimosa frô do sertão
que o povo chamava Ogusta.
A segunda, a Guléimina,
tinha uns ói qui ô! mardição!
Matava quarqué cristão
os oiá déssa minina.
Os ói dela paricia
duas istrêla tremeno,
se apagano e se acendeno
em noite de ventania.
A tercêra era Maroca.
De cóipo muito mal feito,
Mas porém tinha nos peito
dois cuscuz de mandioca.
Dois cuscuz, que, por capricho,
quando ela passou por eu,
minhas venta se acendeu
cum o chêro vindo dos bicho.
Eu inté me atrapaiava,
sem sabê das três irmã
qui ei vi im Puxinanã,
qual era a qui mi agradava.
Inscuiendo a minha cruz
prá sair desse imbaraço,
desejei morrê nos braços
da dona dos dois cuscuz
a)
Poderíamos dizer que este texto é
literário, ou não? Por quê?
b)
O que prova que este texto é um poema?
c)
Se trocássemos a linguagem coloquial em
que o texto foi escrito pela linguagem culta, mudaria a beleza poética do
texto?
d)
O eu-lírico do texto nos conta sua
paixão por três irmãs. Como ele descreve cada uma das moças?
e)
No final do texto, com qual das irmãs o
eu-lírico resolveu ficar? E por que ele escolheu esta?
ATIVIDADES DE 06.04.20 ATÉ 10.04.20
. AS ATIVIDADES DEVERÃO SER APRESENTADAS NO RETORNO DAS AULAS., DE PREFERÊNCIA FEITAS NO CADERNO, POIS A CORREÇÃO SERÁ FEITA NO RETORNO DAS AULAS TAMBÉM!
2.
Observe a imagem abaixo para responder
as seguintes questões:
a)
Que gênero textual é este?
b)
Ele é literário? Por quê?
c)
Qual sua finalidade?
d)
Onde podemos encontrar este gênero
textual?
e) Se não tivesse a imagem, será que
entenderíamos sobre o que trata esse texto? Porquê?
f)
De que trata este texto?
g) Será que o problema que está sendo
mostrado neste texto existe no nosso cotidiano? ATIVIDADES DE 13.04.20 ATÉ 17.04.20
Indique quando o texto é LITERÁRIO quando e NÃO É LITERÁRIO:
O quinhentismo, também conhecido como literatura de informação, é a primeira manifestação de literatura que aconteceu no Brasil, sendo representada especialmente por relatos de viagens e informações bastante descritivas das terras descobertas pelos portugueses em suas navegações, que incluem desde os povos até a fauna e flora destas novas terras.
A nomenclatura do quinhentismo se deve ao período no qual este estilo se desenvolveu, nos anos de 1500, sendo assim paralelo ao classicismo português.
Características do quinhentismo
Algumas características bastante particulares fazem com que os trabalhos realizados no período do quinhentismo sejam facilmente identificados como obras deste período.
Confira a seguir algumas das principais características atribuídas às obras realizadas no período do quinhentismo:
– Textos descritivos
– Textos informativos
– Crônicas de viagens
– Conquista material
– Conquista espiritual
– Utilização de muitos adjetivos para a descrição de novas terras
– Linguagem simples
Principais autores do quinhentismo
O quinhentismo pode ser observado na obra de alguns autores, dentre os quais destacam-se:
– Pero Vaz de Caminha
Autor da carta que informou ao rei de Portugal sobre o descobrimento do Brasil, Pero Vaz de Caminha é considerado um dos maiores escritores do quinhentismo, com descrições bastante detalhadas de navegações realizadas sob o comando de Pedro Álvares Cabral.
A carta de descobrimento do Brasil escrita por Pero Vaz de Caminha é considerada a primeira obra da literatura brasileira, pois foi o primeiro documento escrito nestas terras.
– José de Anchieta
Padre, historiador e poeta, entre outras coisas, José de Anchieta foi o responsável pela catequização dos índios no território brasileiro. Assim, foi o primeiro a desenvolver um trabalho sobre a língua Tupi, utilizada pelos indígenas brasileiros.
– Manuel da Nóbrega
Responsável pela primeira missão jesuítica realizada na América, Manuel da Nóbrega esteve presente na primeira missa realizada no Brasil, assim como na catequização dos índios, eventos muito detalhados em sua obra.
.
RESPONDA AS PERGUNTAS ABAIXO, DE ACORDO COM O TEXTO
1) De que se trata o Quinhentismo? 2) Quais são as principais características do Quinhentismo? 3) Quais foram os principais autores do Quinhentismo?
ATIVIDADES DE 27.04.20 ATÉ 01.05.20
Nesse trecho de sua Carta, Pero Vaz de Caminha revela o olhar do europeu na avaliação que faz dos índios.
7. Com base na charge abaixo, assinale a única alternativa CORRETA:
d)
ATIVIDADES DE 01.06.20 ATÉ 05.06.20
FAÇA UMA PESQUISA NO GOOGLE OU LIVROS DE LITERATURA PARA RESPONDER AS PERGUNTAS ABAIXO...
ATIVIDADES DE 08.06.20 ATÉ 12.06.20
FAÇA UMA PESQUISA NO GOOGLE OU LIVROS DE LITERATURA PARA RESPONDER AS PERGUNTAS ABAIXO...
3. Além das peças de teatro, Anchieta é famoso por compor uma série de poemas em louvor aos santos. Em qual tradição poética o padre se pauta para a composição de seus poemas?
ATIVIDADES DE 15.06.20 ATÉ 20.06.20
ATIVIDADES DE 22.06.20 ATÉ 27.06.20
Gregório de Matos Guerra
Indique quando o texto é LITERÁRIO quando e NÃO É LITERÁRIO:
a)
Trem de
Ferro
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isso maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu presciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô...
Vou mimbora
Vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
(Manuel Bandeira BANDEIRA, M. Estrela da Manhã, 1936.)
b) Selfie mortal: busca pela foto perfeita já matou 259 pessoas no mundo
“A busca por selfies
perigosas já matou 259 pessoas entre 2011 e 2017, revelou um novo estudo, mas
os autores da pesquisa acreditam que esse número pode ser ainda maior. O estudo
compilou notícias sobre mortes de pessoas enquanto tentavam tirar fotos de si mesmas
em situações arriscadas. São casos como o do jovem Gavin Zimmerman, de 19 anos,
que, em julho deste ano, caiu de um penhasco na Austrália enquanto fazia uma
foto.” (BBC News 04/08/2018)
c)
A Rosa
e o Mar
“Linda doçura de gosto refinado
embelezas minha estrada, o meu
caminho
com teus leves
"insites" amalgamados
de amor, de ternura e de
carinho.
Tuas palavras acariciam o meu
ego,
teus versos me revelam o lado
lindo,
tua sutileza me envolve e me
desprego
das amarras da vida e do
destino”.
d)
Brigadeiro
de Leite Moça
INGREDIENTES
1 lata de Leite MOÇA; 3
colheres (sopa) de Chocolate em Pó; 1 colher (sopa) de manteiga; 1 xícara (chá)
de chocolate granulado; manteiga para untar.
MODO DE PREPARO
Em uma panela, coloque o Leite
MOÇA® com o Chocolate em Pó e a manteiga. Misture bem e leve ao fogo baixo,
mexendo sempre até desprender do fundo da panela (que corresponde a cerca de 10
minutos). Retire do fogo, passe para um prato untado e deixe esfriar. Com as
mãos untadas, enrole em bolinhas e passe-as no granulado. Sirva em forminhas de
papel.
Rendimento: 40 docinhos.
e)
O coelho das orelhas cumpridas
Amanhecia
no bosque quando o coelhinho das orelhas grandes saiu de casa com o seu macacão
azul e uma cesta, para comprar legumes e frutas.
Saltando
entre pinheiros e amoras, de onde começaram a sair tordos, cães e ratinhos para
o ajudar nas compras, logo chegou à feira.
Escolheu
cenouras, alfaces e rabanetes, para fortalecer os olhos e os dentes.
Também
maçãs com vitaminas para adoçar a merenda e todas as outras que vocês quiserem
recomendar-lhe que leve.
No
seu regresso, a mesa estava posta e os seus 15 irmãozinhos, com as patinhas
lavadas, esperavam sentados para almoçar.Depois de lavar as dentolas e dormir a
sesta, saíram, como recompensa, para brincar com os seus amigos, os bichinhos,
as aves e os insetos do bosque.
(https://www.omeubebe.com)
4. Leia o fragmento de texto
abaixo e responda as perguntas:
PADRE: (aparecendo na igreja) Que
gritaria é essa?
CHICÒ: Mandaram avisar que uma pessoa vai trazer um cachorro para o senhor benzê. PADRE: para eu benzer? CHICÒ: Sim. PADRE: (com desprezo) Que maluquice! Que besteira! JOÃO GRILO: Mas padre, no dia em que chegou o motor novo do major Antônio Morais o senhor não benzeu? PADRE: Motor é diferente, é uma coisa que todo mundo benze, mas benzer cachorro? JOÃO GRILO: É Chicó, o padre tem razão, benzer o cachorro do Major Antônio Morais não pode. PADRE: Como? E o dono do cachorro é Antônio Morais? JOÃO GRILO: É. Eu não queria vir, com medo de que o senhor se zangasse. PADRE: (sorrindo) Zangar nada, João! JOÃO GRILO: (cortante) Quer dizer que benze, não é? PADRE: Não vejo mal nenhum em se abençoar as criaturas de Deus. Diga ao Major que venha. Eu estou esperando. (entra na igreja)
(AUTO DA COMPADECIDA PRIMEIRO
ATO)
|
a) O texto acima é considerado
literário ou não literário?
b) Quais características esse
texto possui para ser considerado o que você disse na questão “a”?
c) A qual gênero pertence esse
tipo de texto (Lírico épico ou dramático)?
d) Quais características esse
texto possui para ser considerado o que você disse na questão “c”?
e) Por que o padre resolveu benzer
o cachorro no fragmento de texto acima?
5. Leia os dois textos ao lado e
responda as questões com suas palavras:
TEXTO 1:
Descuidar do lixo é sujeira
Diariamente,
duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência de uma das
filiais do McDonald’s deposita na calçada dezenas de sacos plásticos
recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um
lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e
acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão.
(Veja São Paulo, 23-29/12/92)
|
TEXTO 2: O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato, Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um
homem.
(Manuel Bandeira. Em Seleta
em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145)
|
a) Qual o assunto em comum tratado
nos dois textos?
b) Qual deles é considerado um
texto literário?
c) Qual deles é considerado um
texto não literário?
Faça um desenho abaixo, representando o texto 1 e 2 ao mesmo tempo:
7. Observe
a imagem abaixo e assinale a única alternativa FALSA:
a) A
função desse texto é transmitir uma reflexão ao leitor.
b) A
palavra “só” do texto pode ser
substituída, sem alterar o sentido do mesmo, por “apenas”.
c) A
mensagem do texto é a de que o desmatamento também afeta direto e negativamente
a vida dos animais.
d) Esse
texto não é literário visto que apresenta apenas uma interpretação, é objetivo,
trata de uma realidade e suas palavras estão no sentido denotativo.
e) A imagem e o pequeno texto (NÃO ERA SÓ UMA ÁRVORE) juntos são
desnecessários, visto que sem um ou outro o sentido geral da mensagem não seria
prejudicada.
8.
Leia o texto abaixo e marque a ÚNICA alternativa CORRETA:
No país do Futebol
“A
Copa do Mundo será uma excelente oportunidade para o Brasil mostrar as marcas
de suas empresas. A Espanha começou a modernizar a imagem a partir dos Jogos
Olímpicos. O Brasil deve fazer o mesmo porque o País está entre os melhores
em muitas áreas e poucos sabem disso”. A afirmação é da professora do Insead,
Lourdes Casanova, especialista em multinacionais latino-americanas, convidada
com outro palestrante internacional, Soumitra Dutta, para um café da manhã
oferecido pelo IEL a empresários e acadêmicos, que reuniu mais de cem
pessoas. [...]
(Revista IEL Interação, Ano 18, nº 207,
setembro/outubro/novembro 2009, p. 20.)
|
a)
Este texto é literário porque
nos diverte falando da Copa do Mundo.
b) Este texto é épico, porque nos
conta uma história em que o herói é um povo de um país, ou seja, o campeão da
Copa.
c)
Este texto é um poema, porque
está estruturado em versos e estrofes.
d) Este texto não é de literatura,
e sua função é transmitir uma informação de forma clara e direta sobre a Copa
do Mundo.
e) Este texto é dramático, pois
fala no drama dos jogadores de futebol que jogam uma Copa.
9. Leia os dois textos abaixo:
TEXTO I
O AÇÚCAR
O
branco açúcar que adoçará meu café
nesta
manhã de Ipanema
não
foi produzido por mim
nem
surgiu dentro do açucareiro por milagre.
Vejo-o
puro
e
afável ao paladar
como
beijo de moça, água
na
pele, flor
que
se dissolve na boca. Mas este açúcar
não
foi feito por mim.
Este
açúcar veio
da
mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia.
Este
açúcar veio
de
uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no
Estado do Rio
e
tampouco o fez o dono da usina.
Este
açúcar era cana
e
veio dos canaviais extensos
que
não nascem por acaso
no
regaço do vale.
Em
lugares distantes, onde não há hospital
nem
escola,
homens
que não sabem ler e morrem de fome
aos
27 anos
plantaram
e colheram a cana
que
viraria açúcar.
Em
usinas escuras,
homens
de vida amarga
e
dura
produziram
este açúcar
branco
e puro
com
que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
(Ferreira
Gullar.)
|
TEXTO II
A cana-de-açúcar
Originária
da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil pelos colonizadores
portugueses no século XVI. A região que durante séculos foi a grande
produtora de cana-de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os
férteis solos de massapé, além da menor distância em relação ao mercado
europeu, propiciaram condições favoráveis a esse cultivo. Atualmente, o maior
produtor nacional de cana-de-açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco,
Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em
parte é exportado e em parte abastece o mercado interno, a cana serve também
para a produção de álcool, importante nos dias atuais como fonte de energia e
de bebidas. A imensa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São
Paulo, está ligada ao uso do álcool como combustível.
(Comentários sobre os textos:
“O açúcar” e “A cana-de-açúcar” )
|
Com
relação aos textos I e II, assinale a opção INCORRETA:
a) No
texto I, em lugar de apenas informar sobre o real, ou de produzi-lo, a
expressão literária é utilizada principalmente como um meio de refletir e
recriar a realidade.
b) No
texto II, de expressão não-literária, o autor informa o leitor sobre a origem da
cana-de-açúcar, os lugares onde é produzida, como teve início seu cultivo no
Brasil, etc.
c) O
texto I parte de uma palavra do domínio comum – açúcar – e vai ampliando seu
potencial significativo, explorando recursos formais para estabelecer um
paralelo entre o açúcar – branco, doce, puro – e a vida do trabalhador que o
produz – dura, amarga, triste.
d) O
texto I, a expressão literária desconstrói hábitos de linguagem, baseando sua
recriação no aproveitamento de novas formas de dizer.
e) O
texto II não é literário porque, diferentemente do literário, parte de um
aspecto da realidade, e não da imaginação. ATIVIDADES DE 20.04.20 ATÉ 24.04.20
Resumo Quinhentismo - Período Literário
O quinhentismo, também conhecido como literatura de informação, é a primeira manifestação de literatura que aconteceu no Brasil, sendo representada especialmente por relatos de viagens e informações bastante descritivas das terras descobertas pelos portugueses em suas navegações, que incluem desde os povos até a fauna e flora destas novas terras.
A nomenclatura do quinhentismo se deve ao período no qual este estilo se desenvolveu, nos anos de 1500, sendo assim paralelo ao classicismo português.
Características do quinhentismo
Algumas características bastante particulares fazem com que os trabalhos realizados no período do quinhentismo sejam facilmente identificados como obras deste período.
Confira a seguir algumas das principais características atribuídas às obras realizadas no período do quinhentismo:
– Textos descritivos
– Textos informativos
– Crônicas de viagens
– Conquista material
– Conquista espiritual
– Utilização de muitos adjetivos para a descrição de novas terras
– Linguagem simples
Principais autores do quinhentismo
O quinhentismo pode ser observado na obra de alguns autores, dentre os quais destacam-se:
– Pero Vaz de Caminha
Autor da carta que informou ao rei de Portugal sobre o descobrimento do Brasil, Pero Vaz de Caminha é considerado um dos maiores escritores do quinhentismo, com descrições bastante detalhadas de navegações realizadas sob o comando de Pedro Álvares Cabral.
A carta de descobrimento do Brasil escrita por Pero Vaz de Caminha é considerada a primeira obra da literatura brasileira, pois foi o primeiro documento escrito nestas terras.
– José de Anchieta
Padre, historiador e poeta, entre outras coisas, José de Anchieta foi o responsável pela catequização dos índios no território brasileiro. Assim, foi o primeiro a desenvolver um trabalho sobre a língua Tupi, utilizada pelos indígenas brasileiros.
– Manuel da Nóbrega
Responsável pela primeira missão jesuítica realizada na América, Manuel da Nóbrega esteve presente na primeira missa realizada no Brasil, assim como na catequização dos índios, eventos muito detalhados em sua obra.
RESPONDA AS PERGUNTAS ABAIXO, DE ACORDO COM O TEXTO
1) De que se trata o Quinhentismo? 2) Quais são as principais características do Quinhentismo? 3) Quais foram os principais autores do Quinhentismo?
ATIVIDADES DE 27.04.20 ATÉ 01.05.20
ATIVIDADE DE LITERATURA SOBRE O QUINHENTISMO (LITERATURA DE INFORMAÇÃO) NO BRASIL
1.
Leia o fragmento de
texto abaixo para responder as questões:
Senhor:
A partida de
Belém, como Vossa Alteza sabe, foi segunda-feira, 9 de março. Sábado, 14 do
dito mês,
entre as oito e
nove horas, nos achamos entre as Canárias, mais perto da Grã- Canária, e ali
andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a quatro
léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas, pouco mais ou menos,
houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da ilha de S. Nicolau,
segundo o dito de Pero Escolar, piloto. [...]
E assim seguimos
nosso caminho, por este mar, de longo, até que, terça-feira das Oitavas de
Páscoa, que foram 21 dias de abril, estando da dita Ilha obra de 660 ou 670
léguas, segundo os pilotos diziam, topamos alguns sinais de terra, os quais
eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho,
assim como outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte,
pela manhã, topamos aves a que chamam fura-buxos.
Neste dia, a horas
de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto
e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com
grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome – o Monte Pascoal e à
terra – a Terra da Vera Cruz.[...]
Eram pardos, todos
nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam
arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho lhes
fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram. Ali não pôde deles
haver fala, nem entendimento de proveito, por o mar quebrar na costa. Somente
deu-lhes um barrete vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça e
um sombreiro preto. Um deles deu-lhe um sombreiro de penas de ave, compridas,
com uma copazinha de penas vermelhas e pardas como de papagaio; e outro
deu-lhe um ramal grande de continhas brancas, miúdas, que querem parecer de
aljaveira, as quais peças creio que o Capitão manda a Vossa Alteza, e com
isto se volveu às naus por ser tarde e não poder haver deles mais fala, por
causa do mar. A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons
rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem
estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência
como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos
neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da
grossura dum fuso de algodão, agudos na ponta como um furador. Os cabelos
seus são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta, mais que de
sobrepente, de boa grandura e rapados até por cima das orelhas. E um deles
trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte para detrás, uma espécie de
cabeleira de penas de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto, mui
basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. E andava pegada
aos cabelos, pena e pena, com uma confeição branda como cera (mas não o era),
de maneira que a cabeleira ficava mui redonda e mui basta, e mui igual, e não
fazia míngua mais lavagem para a levantar. [...] Porém o melhor fruto, que
nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal
semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que aí não houvesse mais que
ter aqui esta pousada para esta navegação de Calicute, bastaria. Quando mais
disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a
saber, acrescentamento da nossa santa fé.
|
a)
Que texto é esse que
acabamos de ler?
b)
Quem o escreveu? E
Para quem o escreveu?
c)
Qual o objetivo
deste texto?
d)
Quando os navegantes
partiram e quando chegaram a nova terra?
e)
Quais foram os
sinais que os navegantes encontraram que provavam que eles estavam perto de
terra?
f)
Qual o primeiro nome
dado à nova terra?
g)
Quem eram os
habitantes desta nova terra?
h) Como os portugueses
descrevem esses habitantes?
i) Na expressão: “Andam
nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas
vergonhas” o que significa a expressão sublinhada?
j)
Você já deve saber o
que é um texto literário e suas características e o que é um texto não
literário e suas características. Então qual é a sua opinião: esta carta de
Pero Vaz de Caminha é ou não é literatura. Explique.
k)
Que recomendação
Caminha faz ao Rei no final sua carta?
2.
Quais as duas
principais características do Quinhentismo?
3.
Leia o texto abaixo
e responda o que se pede:
Quando estes
índios tomam alguns contrários, se logo com aquele ímpeto os não matão,
levam-nos vivos para suas aldeias (ou sejam portugueses ou quaisquer outros
índios seus amigos), e tanto que chegam a suas casas lançam uma corda mui
grossa ao pescoço do cativo para que não possa fugir, e arrumam-lhe uma rede
em que durma e dão-lhe uma índia moça, a mais formosa e honrada que há na
aldeia, para que durma com ele, e também tenha cuidado de o guardar, e não
vai para parte que não no acompanhe.
Esta índia tem
cargo de lhe dar muito bem de comer e beber; e depois de o terem desta
maneira cinco ou seis meses ou o tempo que querem, determinam de o matar; e
fazem grandes cerimonias e festas aqueles dias, e aparelhão muitos vinhos
para se embebedarem, e fazem-nos da raiz duma erva que se chama “aipim”, a qual fervem primeiro e
depois de cozida mastigam-na umas moças virgens espremendo-a nuns potes
grandes, e dali a três ou quatro dias o bebe. E o dia que hão de matar este
cativo, pela manhã se alguma ribeira está junto da aldeia levam-no a banhar
nela com grandes cantares e folias tanto que chegam com ele á aldeia, atam-no
pela cinta com quatro cordas cada uma para sua parte e três, quatro índios
pegados em cada ponta destas e assim o levam ao meio dum terreiro, e tirão
tanto por estas cordas que não se possa bolir para uma parte nem para outra,
as mãos deixam soltas porque folgam de o ver defender com elas. Aquele que o
há de matar empena-se primeiro com penas de papagaio de muitas cores por todo
o corpo: há de ser este matador o mais valente da terra, e mais honrado. Traz
na mão uma espada dum pau muito duro e pesado com que costumam de matar, e
chega-se ao padecente dizendo-lhe muitas coisas e ameaçando-lhe sua geração
que o mesmo há de fazer a seus parentes; e depois de o ter afrontado com
muitas palavras injuriosas dá-lhe uma grande pancada na cabeça, e logo da
primeira o mata e lhe fazem pedaços. Esta é uma índia velha com um cabaço na
mão, e assim como ele cai acode muito de pressa com ele a metê-lo na cabeça para
tomar os miolos e o sangue: tudo enfim cozem e assam, e não fica dele coisa
que não comam. Isto é mais por vingança e por ódio que por se fartarem. Depois
que comem a carne destes contrários ficam nos ódios confirmados e sentem
muito esta injúria, e por isso andam sempre a vingar-se uns contra os outros.
E se a moça que dormia com o cativo fica prenha, aquela criança, que pare
depois de criada, matam-na e comem-na e dizem que aquela menina ou menino era
seu contrário verdadeiro por isso estimam muito comer-lhe a carne e vingar-se
dele. E porque a mãe sabe o fim que hão de dar a esta criança, muitas vezes
quando sente prenhe mata-a dentro da barriga e faz com que morra. E acontece
algumas vezes afeiçoar-se tanto a este cativo e tomar-lhe tanto amor que foge
com ele para sua terra para livrá-lo da morte. Muitos índios que do mesmo
modo se salvarão, ainda que são alguns tão brutos que não querem fugir depois
de os terem presos; porque houve algum que estava já no terreno atado para
padecer e davam-lhe a vida e não quis senão que o matassem, dizendo que seus
parentes o não teriam por valente, e que todos correriam com ele; e daqui vem
não estimarem a morte; e quando chega aquela hora não na terem em conta nem
mostrarem nenhuma tristeza naquele passo. Finalmente que são estes índios muito
desumanos e cruéis, não se movem a nenhuma piedade: vivem como brutos animais
sem ordem nem concerto de homens, são muito desonestos e dados á sensualidade
e entregam-se aos vícios. Todos comem carne humana e têm-na pela melhor
iguaria de quantas pode haver: não de seus amigos com quem eles têm paz se
não dos contrários. Tem esta qualidade estes índios que de qualquer coisa que
comam por pequena que seja hão de convidar com ela quantos estiverem
presentes, só há esta proximidade entre eles.
(Pero de Magalhães Gândavo. Tratado da Terra no Brasil) |
a)
Que imagem de índio
Gândavo passa para os leitores através do seu relato?
b)
Qual o objetivo
deste texto de Gândavo?
c)
O que acontecia
primeiramente quando os índios capturavam seus inimigos? Como era o tratamento?
d)
O que acontece com o
prisioneiro depois de seis meses de vida “boa” nas mãos do inimigo?
e)
O que acontece se a
moça que cuidava do prisioneiro ficasse gestante do mesmo?
f)
Há prisioneiros
indígenas que tinham a oportunidade de fugir. Mas por que eles não fugiam?
g)
Qual é a única “boa
atitude” que estes índios possuíam em seus corações?
h) Ao olhar de hoje,
podemos dizer que essas atitudes dos índios daquela época era uma
monstruosidade contra o próximo, e crueldade. Mas para a época deles, podemos
dizer que essas atitudes são “erradas” ou “desumanas”? Por que?
Nesse trecho de sua Carta, Pero Vaz de Caminha revela o olhar do europeu na avaliação que faz dos índios.
[...]
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a pouco começaram a
vir mais. E parece-me que viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou
quatrocentos e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas, que todos
trocavam por carapuças ou por qualquer coisa que lhes davam. Comiam conosco
de tudo que lhes oferecíamos. Alguns deles bebiam vinho; Outros não o podiam
suportar. Mas me parecer que, se os acostumarem, o hão de beber de boa
vontade. Andavam todos tão bem dispostos, tão bem feitos e galantes com suas
tinturas que muito agradavam. [...] E estavam já mais mansos e seguros entre
nós do que estávamos entre eles. [...]
Quando saímos do barquinho, disse-nos o Capitão que seria bem que fôssemos
diretamente à cruz que estava encostada a uma árvore, junto ao rio, a fim de
ser colocada amanhã, sexta-feira, e que nos puséssemos todos de joelhos e a
beijássemos para que eles vissem o respeito que lhe tínhamos. E assim
fizemos. E a esses dez ou doze que lá estavam, acenaram-lhes que fizessem o
mesmo; e logo foram todos beijá-la.
Parece-me quente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala
e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença
alguma, segundo as aparências. E, portanto, se os degredados que aqui hão de
ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo
a santa intenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa
santa fé, à qual agrada a Nosso Senhor que os traga, porque certamente esta
gente é boa e de bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles todo e
qualquer caráter que lhes quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes deu
bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o fato de Ele nos haver até
aqui trazido, creio que não o foi sem causa. E portanto Vossa Alteza, que
tanto deseja acrescentar à santa fé católica, deve cuidar da salvação deles.
E aprazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim! [...]
Castro,
Silvio (Intr., atualiz. e notas). A carta de Pero Vaz de Caminha.
Porto
Alegre: L&PM, 1996. p. 93-94. (Fragmento).
|
5. Sobre o trecho acima, responda:
a) Como os nativos são retratados por Caminha
nesse trecho?
b) Como os índios são descritos no primeiro
parágrafo?
c) Segundo o trecho, o que alguns nativos não
gostaram experimentar?
d) Segundo o texto, por que os portugueses
beijaram uma cruz na presença dos índios?
e) Qual a intenção dos portugueses sobre os
nativos é revelada no terceiro parágrafo deste trecho?
6. Leia o fragmento abaixo e assinale V para
verdadeiro e F para falso:
“Parece-me quente de tal inocência que, se
nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que
não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências.”
|
( ) Sustende-se que os
portugueses acham sua religião superior a qualquer crença dos índios.
( ) Esse trecho exemplifica o choque cultural
ocorrido na época das grandes navegações.
( ) Segundo trecho, apenas
alguns índios eram inocente e passíveis, outros se rebelaram contra os
portugueses.
( ) Para Caminha, a diferença
dos idiomas não atrapalhariam em nada a catequização dos índios.
( ) A expressão “segundo as aparências” demonstram um tom de dúvida do autor da carta.
7. Com base na charge abaixo, assinale a única alternativa CORRETA:
a) A
charge faz uma crítica a chegada do europeu nas terras brasileiras, tendo em
vista sua ambição e maldade contra os povos nativos do Brasil.
b) Os
portugueses chegaram ao Brasil com o único interesse de catequizar os nativos
dessa região.
c) A
chegada dos portugueses ao Brasil marca um choque de culturas, em que a cultura
dos índios se sobrepôs a dos europeus.
d) Nunca
nenhum povo indígena resistiu à chegada dos portugueses ao Brasil.
e) Toda
a literatura do Quinhentismo no Brasil retrata os índios como humanos pacíficos
e carismáticos com qualquer visitante.
Leia o fragmento
retirado da carta de Pero Vaz de Caminha:
“Esta terra, Senhor,
parece-me que, da ponta mais ao Sul até a outra ponta ao Norte, do que nós
pudemos observar deste porto, é tão grande que deve ter bem ou vinte e cinco
léguas de costa. Ao longo do mar, têm, em algumas partes, grandes barreiras,
umas vermelhas e outras brancas; e a terra é toda chã e muito formosa. O
sertão nos pareceu, visto do mar, muito grande; porque a estender os olhos
não podíamos ver senão terra e arvoredos – terra que nos parecia muito
extensa.
Até
agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou
ferro; nem os vimos. Contudo, a terra em si é de bom clima, fresco e
temperado, como os de Entre-D’Ouro-E-Minho, nesta época do ano. As águas são
muitas; infinitas. De tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar,
dar-se-á nela tudo, por causa das águas que tem!”
(Trecho da carta de Pero Vaz de Caminha)
|
8. De
acordo com o fragmento acima, podemos afirmar que:
a) Apresenta algumas características
dos primeiros indígenas avistados pelos portugueses.
b) Os interesses econômicos dos
portugueses sobre essas terras ficaram claros no texto.
c) Fala
de como era a vida dos povos desta nova terra.
d) Mostra
que o narrador do texto não entende nada sobre a nova terra.
e) Mostra
que não há a opinião do autor do texto, e sim apenas descrições de como é a
terra.
9. Leia
o texto abaixo para marcar a única alternativa FALSA:
A Santa Inês
Morro porque vejo
Que este nosso povo
Anda tão faminto
Desse trigo novo.
Homem sem miolo,
Qualquer deste povo,
Que não é faminto
Deste pão tão novo!
(Padre José Anchieta)
a) Este poema tinha por
finalidade convencer os índios a aderirem a religião católica.
b) A expressão “TRIGO NOVO” significa apenas a palavra
trigo no sentindo real da palavra.
c) Na primeira estrofe,
o sujeito diz-se preocupado com a falta de Deus na vida dos indígenas.
d) A expressão “HOMEM
SEM MIOLO” significa índios que não aceitaram Deus.
e) Padre Anchieta ficou
famoso por escrever uma literatura pedagógica e didática para catequizar os
índios.
10. Assinale
qual é o texto considerado o primeiro da literatura no Brasil:
a) Carta de Pero Vaz de Caminha
b) Tratado da Terra no Brasil de Gândavo
c) Carta do descobrimento de Pero Vaz de Caminha
d) Diálogo sobre
a conversão dos gentios (Padre Manuel da Nóbrega): foi escrito
em 1557 e impresso em 1880.
e) Tratado
descritivo do Brasil (Gabriel Soares de Sousa): escrito em 1587 e
impresso por volta de 1839.
11. Assinale a ÚNICA
imagem que NÃO se refere ou
exemplifica o período da literatura brasileira conhecida como QUINHEITISMO ou LITERATURA DE INFORMAÇÃO.
a)
b)
c)
d)
21. Sobre o Quinhentismo no Brasil, marque a imagem que melhor representa esse período da nossa literatura:
a)
b)
c)
d)
e)
ATIVIDADES DE 01.06.20 ATÉ 05.06.20
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Literatura Informativa
1. Qual o contexto histórico vivido em Portugal na época do descobrimento do Brasil?
2. Quem foi Pero Vaz de Caminha, autor da Carta a El-Rei Dom Manuel sobre o achamento do Brasil?
3. A partir da leitura do texto Carta a el-Rei Dom Manuel sobre o achamento do Brasil, - (CLICAR NO LINK PARA TER ACESSO A CARTA) responda as questões abaixo:
a) Como é a descrição dos primeiros índios feita por Pero Vaz de Caminha no litoral brasileiro?
b) O documento mostra que os
portugueses demonstravam interesse nas riquezas que havia na terra recém
descoberta? Destaque um trecho que exemplifique a sua resposta.
c) Como é a descrição das índias feita por Pero Vaz de Caminha? O que chamou mais a atenção nos portugueses?
d) Como foi a primeira missa realizada pelo frei Henrique em território brasileiro? Qual foi a reação dos índios?
ATIVIDADES DE 08.06.20 ATÉ 12.06.20
FAÇA UMA PESQUISA NO GOOGLE OU LIVROS DE LITERATURA PARA RESPONDER AS PERGUNTAS ABAIXO...
Padre Anchieta
1. Além da vinda para o Brasil para auxiliar na catequização dos índios mediante a composição de peças de teatro, qual a outra maior contribuição com relação à difusão da educação dos índios tupi pelos jesuítas?
2. Como José de Anchieta transformava o imaginário dos indígenas para introduzir os ensinamentos cristãos?
3. Além das peças de teatro, Anchieta é famoso por compor uma série de poemas em louvor aos santos. Em qual tradição poética o padre se pauta para a composição de seus poemas?
4. Em seus poemas mais famosos Compaixão da Virgem na Morte do Filho, Ao Santíssimo Sacramento e A Santa Inês qual a posição do poeta em face ao divino? A qual gênero literário pertencem os poemas?
ATIVIDADES DE 15.06.20 ATÉ 20.06.20
Características do Barroco - segundo Período Literário estudado depois do Quinhentismo
O estilo barroco nasceu em decorrência da crise do Renascimento, ocasionada, principalmente, pelas fortes divergências religiosas e imposições do catolicismo e pelas dificuldades econômicas decorrentes do declínio do comércio com o Oriente.
Todo o rebuscamento presente na arte e literatura barroca é reflexo dos conflitos dualistas entre o terreno e o celestial, o homem (antropocentrismo) e Deus (teocentrismo), o pecado e o perdão, a religiosidade medieval e o paganismo presente no período renascentista.
1) A arte da contrarreforma
A ideologia do Barroco é fornecida pela Contrarreforma. Em nenhuma outra época se produziu tamanha quantidade de igrejas, capelas, estátuas de santos e monumentos sepulcrais. As obras de arte deviam falar aos fiéis com a maior eficácia possível, mas em momento algum descer até eles. A arte barroca tinha que convencer, conquistar e impor admiração.
2) Conflito entre corpo e alma
O Renascimento definiu-se pela valorização do profano, pondo em voga o gosto pelas satisfações mundanas. Os intelectuais barrocos, no entanto, não alcançam tranquilidade agindo de acordo com essa filosofia. A influência da Contrarreforma fez com que houvesse oposição entre os ideais de vida eterna em contraposição com a vida terrena e do espírito em contraposição à carne. Na visão barroca, não há possibilidade de conciliar essas antíteses: ou se vive a vida sensualmente, ou se foge dos gozos humanos e se alcança a eternidade. A tensão de elementos contrários causa no artista uma profunda angústia: após arrojar-se nos prazeres mais radicais, ele se sente culpado e busca o perdão divino. Assim, ora ajoelha-se diante de Deus, ora celebra as delícias da vida.
3) O tema da passagem do tempo
O homem barroco assume consciência integral no que se refere à fugacidade da vida humana (efemeridade): o tempo, veloz e avassalador, tudo destrói em sua passagem. Por outro lado, diante das coisas transitórias (instabilidade), surge a contradição: vivê-las, antes que terminem, ou renunciar ao passageiro e entregar-se à eternidade?
4) Forma tumultuosa
O estilo barroco apresenta forma conturbada, decorrente da tensão causada pela oposição entre os princípios renascentistas e a ética cristã. Daí a frequente utilização de antíteses, paradoxos e inversões, estabelecendo uma forma contraditória, dilemática. Além disso, a utilização de interrogações revela as incertezas do homem barroco frente ao seu período e a inversão de frases a sua tentativa na conciliação dos elementos opostos.
5) Cultismo e conceptismo
O cultismo caracteriza-se pelo uso de linguagem rebuscada, culta, extravagante, repleta de jogos de palavras e do emprego abusivo de figuras de estilo, como a metáfora e a hipérbole. Veja um exemplo de poesia cultista:
Ao braço do Menino Jesus de Nossa Senhora das Maravilhas, A quem infiéis despedaçaram
O todo sem a parte não é todo;
A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo o todo. (Gregório de Matos)
A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo o todo. (Gregório de Matos)
Já o conceptismo, que ocorre principalmente na prosa, é marcado pelo jogo de ideias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, nacionalista, que utiliza uma retórica aprimorada. A organização da frase obedece a uma ordem rigorosa, com o intuito de convencer e ensinar. Veja um exemplo de prosa conceptista:
Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelhos e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister¹ luz, há mister espelho e há mister olhos. (Pe. Antônio Vieira)
¹mister: necessidade de, precisão.
Figuras de Linguagem no Barroco
As figuras de estilo mais comuns nos textos barrocos reforçam a tentativa de apreender a realidade por meio dos sentidos. Observe:
Metáfora: é uma comparação implícita. Tem-se como exemplo o trecho a seguir, escrito por Gregório de Matos:
Se és fogo, como passas brandamente?
Se és neve, como queimas com porfia?
Se és neve, como queimas com porfia?
Antítese: reflete a contradição do homem barroco, seu dualismo. Revela o contraste que o escritor vê em quase tudo. Observe a seguir o trecho de Manuel Botelho de Oliveira, no qual é descrita uma ilha, salientando-se seus elementos contrastantes:
Vista por fora é pouco apetecida
Porque aos olhos por feia é parecida;
Porém, dentro habitada
É muito bela, muito desejada,
É como a concha tosca e deslustrosa,
Que dentro cria a pérola formosa.
Porque aos olhos por feia é parecida;
Porém, dentro habitada
É muito bela, muito desejada,
É como a concha tosca e deslustrosa,
Que dentro cria a pérola formosa.
Paradoxo: corresponde à união de duas ideias contrárias num só pensamento. Opõe-se ao racionalismo da arte renascentista. Veja a estrofe a seguir, de Gregório de Matos:
Ardor em firme Coração nascido;
pranto por belos olhos derramado;
incêndio em mares de água disfarçado;
rio de neve em fogo convertido.
pranto por belos olhos derramado;
incêndio em mares de água disfarçado;
rio de neve em fogo convertido.
Hipérbole: traduz ideia de grandiosidade, pompa. Veja mais um exemplo de Gregório de Matos:
É a vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.
Prosopopeia: personificação de seres inanimados para dinamizar a realidade. Observe um trecho escrito pelo Padre Antonio Vieira:
No diamante agradou-me o forte, no cedro o incorruptível, na águia o sublime, no Leão o generoso, no Sol o excesso de Luz.
Barroco no Brasil
O Barroco foi introduzido no Brasil por intermédio dos jesuítas. Inicialmente, no final do século XVI, tratava-se de um movimento apenas destinado à catequização.
A partir do século XVII, o Barroco passa a se expandir para os centros de produção açucareira, especialmente na Bahia, por meio das igrejas. Assim, a função da igreja era ensinar o caminho da religiosidade e da moral a uma população que vivia desregradamente.
Nos séculos XVII e XVIII não havia ainda condições para a formação de uma consciência literária brasileira. A vida social no país era organizada em função de pequenos núcleos econômicos, não existindo efetivamente um público leitor para as obras literárias, o que só viria a ocorrer no século XIX.
Por esse motivo, fala-se apenas em autores brasileiros com características barrocas, influenciados por fontes estrangeiras (portuguesa e espanhola), mas que não chegaram a constituir um movimento propriamente dito. Nesse contexto, merecem destaque a poesia de Gregório de Matos Guerra e a prosa do padre Antônio Vieira representada pelos seus sermões.
Didaticamente, o Barroco brasileiro tem seu marco inicial em 1601, com a publicação do poema épico Prosopopeia, de Bento Teixeira.
Conheça a seguir os trechos selecionados:
Prosopopeia
I Cantem Poetas o Poder Romano, Sobmetendo Nações ao jugo duro; O Mantuano pinte o Rei Troiano, Descendo à confusão do Reino escuro; Que eu canto um Albuquerque soberano, Da Fé, da cara Pátria firme muro, Cujo valor e ser, que o Ceo lhe inspira, Pode estancar a Lácia e Grega lira. II As Délficas irmãs chamar não quero, que tal invocação é vão estudo; Aquele chamo só, de quem espero A vida que se espera em fim de tudo. Ele fará meu Verso tão sincero, Quanto fora sem ele tosco e rudo, Que per rezão negar não deve o menos Quem deu o mais a míseros terrenos. |
Esse poema, além de traçar elogios aos primeiros donatários da capitania de Pernambuco, narra o naufrágio sofrido por um deles, o donatário Jorge Albuquerque Coelho. Apesar de os críticos o considerarem de pouco valor literário, o texto tem seu valor histórico pois foi a primeira obra do Barroco brasileiro e o marco inicial do primeiro estilo de época a surgir no Brasil.
RESPONDA AS PERGUNTAS ABAIXO COM BASE NOS TEXTOS ACIMA:
1) De que decorrências nasceu o estilo barroco?
2) Quais são os 2 conflitos dualistas presente na arte barroca?
3) Explique em algumas linhas quais são as principais características deste período?
4) Quais são as figuras de linguagem usadas no Barroco como uma tentativa de aprender a realidade por meio de sentidos?
5) De que se trata o poema " Prosopopeia"?
ATIVIDADES DE 22.06.20 ATÉ 27.06.20
Autores do Barroco
Gregório de Matos Guerra: o Boca do Inferno
Gregório de Matos Guerra nasceu em Salvador (BA) e morreu em Recife (PE). Estudou no colégio dos jesuítas e formou-se em Direito em Coimbra (Portugal). Recebeu o apelido de Boca do Inferno, graças a sua irreverente obra satírica.
Firmou-se como o primeiro poeta brasileiro: cultivou a poesia lírica, satírica, erótica e religiosa. O que se conhece de sua obra é fruto de inúmeras pesquisas, pois Gregório não publicou seus poemas em vida. Por essa razão, há dúvidas quanto à autenticidade de muitos textos que lhe são atribuídos.
Gregório de Matos Guerra
O poeta religioso
A preocupação religiosa do escritor revela-se no grande número de textos que tratam do tema da salvação espiritual do homem. No soneto a seguir, o poeta ajoelha-se diante de Deus, com um forte sentimento de culpa por haver pecado, e promete redimir-se. Observe:
Soneto a Nosso Senhor
Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Porque quanto mais tenho delinquido
Vos tem a perdoar mais empenhado.
Da vossa alta clemência me despido;
Porque quanto mais tenho delinquido
Vos tem a perdoar mais empenhado.
Se basta a voz irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na sacra história.
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na sacra história.
Eu sou, Senhor a ovelha desgarrada,
Recobrai-a; e não queirais, pastor divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
Recobrai-a; e não queirais, pastor divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
O poeta satírico
Gregório de Matos é amplamente conhecido por suas críticas à situação econômica da Bahia, especialmente de Salvador, graças à expansão econômica chegando a fazer, inclusive, uma crítica ao então governador da Bahia Antonio Luis da Camara Coutinho. Além disso, suas críticas à Igreja e a religiosidade presente naquele momento. Essa atitude de subversão por meio das palavras rendeu-lhe o apelido de "Boca do Inferno", por satirizar seus desafetos
Triste Bahia
Triste Bahia!ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi abundante.
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi abundante.
A ti tricou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando e, tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando e, tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
O poeta lírico
Em sua produção lírica, Gregório de Matos se mostra um poeta angustiado em face à vida, à religião e ao amor. Na poesia lírico-amorosa, o poeta revela sua amada, uma mulher bela que é constantemente comparada aos elementos da natureza. Além disso, ao mesmo tempo que o amor desperta os desejos corporais, o poeta é assaltado pela culpa e pela angústia do pecado.
À mesma d. Ângela
Anjo no nome, Angélica na cara!
Isso é ser flor, e Anjo juntamente:
Ser Angélica flor, e Anjo florente,
Em quem, senão em vós, se uniformara:
Isso é ser flor, e Anjo juntamente:
Ser Angélica flor, e Anjo florente,
Em quem, senão em vós, se uniformara:
Quem vira uma tal flor, que a não cortara,
De verde pé, da rama fluorescente;
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus o não idolatrara?
De verde pé, da rama fluorescente;
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus o não idolatrara?
Se pois como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.
Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.
Mas vejo, que por bela, e por galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
O poeta erótico
Também alcunhado de profano, o poeta exalta a sensualidade e a volúpia das amantes que conquistou na Bahia, além dos escândalos sexuais envolvendo os conventos da cidade.
RESPONDA AS PERGUNTAS ABAIXO COM BASE NOS TEXTOS ACIMA:
1) De que trata a poesia religiosa de Gregório de Matos?
1) De que trata a poesia religiosa de Gregório de Matos?
1) De que trata a poesia satírica de Gregório de Matos?
1) De que trata a poesia lirica de Gregório de Matos?
1) De que trata a poesia erótica de Gregório de Matos? ATIVIDADES DE 29.07.20 ATÉ 04.07.20
Padre Antônio Vieira, por Arnold van Westerhout (1651-1725)
Padre Antônio Vieira
Padre Antônio Vieira nasceu em Lisboa, em 1608, e morreu na Bahia, em 1697. Com sete anos de idade, veio para o Brasil e entrou para a Companhia de Jesus.
Por defender posições favoráveis aos índios e aos judeus, foi condenado à prisão pela Inquisição, onde ficou por dois anos.
Responsável pelo desenvolvimento da prosa no período do barroco, Padre Antônio Vieira é conhecido por seus sermões polêmicos em que critica, entre outras coisas, o despotismo dos colonos portugueses, a influencia negativa que o Protestantismo exerceria na colônia, os pregadores que não cumpriam com seu ofício de catequizar e evangelizar (seus adversários católicos) e a própria Inquisição.
Padre Antônio Vieira, por Arnold van Westerhout (1651-1725)
Além disso, defendia os índios e sua evangelização, condenando os horrores vivenciados por eles nas mãos de colonos e os cristãos-novos (judeus convertidos ao Catolicismo) que aqui se instalaram. Famoso por seus sermões, padre Antônio Vieira também se dedicou a escrever cartas e profecias.
Mito do Sebastianismo
Com o desenvolvimento do mercado marítimo, Portugal vivenciou um período de ascensão e grandeza. Porém, com o declínio do comércio no Oriente, Portugal viveu uma crise econômica e dinástica. Como consequência, o então rei de Portugal D. Sebastião resolve colocar em prática seu plano de organizar uma cruzada em Marrocos e levar à batalha de Alcacer-Quibir em 1578.
A derrota na batalha e seu desaparecimento (provável morte em batalha) geraram especulações acerca de seu paradeiro. A partir de então, originou-se a crença de que o rei retornaria para transformar Portugal novamente em uma grande potência econômica. Padre Antônio Vieira era um dos que acreditavam no Sebastianismo e, mais adiante, Antônio Conselheiro anunciava o retorno de D. Sebastião nos episódios da Guerra de Canudos.
ATIVIDADES DE 06.07.20 ATÉ 11.07.20
Os sermões de Padre Antonio Vieira
Escreveu cerca de duzentos sermões em estilo conceptista, isto é, que privilegia a retórica e o encadeamento lógico de ideias e conceitos. Estão formalmente divididos em três partes:
Intróito ou Exórdio: a apresentação, introdução do assunto.
Desenvolvimento ou argumento: defesa de uma ideia com base na argumentação.
Peroração: parte final, conclusão.
Seus sermões mais mais famosos são:
Sermão da Sexágésima (1655)
O sermão, dividido em dez partes, é conhecido por tratar da arte de pregar. Nele, Padre Antônio Vieira condena aqueles que apenas pregam a palavra de Deus de maneira vazia. Para ele, a palavra de Deus era como uma semente, que deveria ser semeada pelo pregador. Por fim, o padre chega à conclusão de que, se a palavra de Deus não dá frutos no plano terrreno a culpa é única e exclusivamente dos pregadores que não cumprem direito a sua função. Leia um trecho do sermão:
Ecce exiit qui seminat, seminare. Diz Cristo que "saiu o pregador evangélico a semear" a palavra divina. Bem parece este texto dos livros de Deus ão só faz menção do semear, mas também faz caso do sair: Exiit, porque no dia da messe hão-nos de medir a semeadura e hão-nos de contar os passos. (...) Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que semeiam sem sair. Os que saem a semear são os que vão pregar à Índia, à China, ao Japão; os que semeiam sem sair, são os que se contentam com pregar na Pátria. Todos terão sua razão, mas tudo tem sua conta. Aos que têm a seara em casa, pagar-lhes-ão a semeadura; aos que vão buscar a seara tão longe, hão-lhes de medir a semeadura e hão-lhes de contar os passos. Ah Dia do Juízo! Ah pregadores! Os de cá, achar-vos-eis com mais paço; os de lá, com mais passos: Exiit seminare. (...) Ora, suposto que a conversão das almas por meio da pregação depende destes três concursos: de Deus, do pregador e do ouvinte, por qual deles devemos entender a falta? Por parte do ouvinte, ou por parte do pregador, ou por parte de Deus? (...)
Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda (1640)
Neste sermão, o padre incita os seguidores a reagir contra as invasões Holandesas, alegando que a presença dos protestantes na colônia resultaria em uma série de depredações à colônia. Leia um trecho do sermão:
Se acaso for assim — o que vós não permitais — e está determinado em vosso secreto juízo, que entrem os hereges na Bahia, o que só vos represento humildemente, e muito deveras, é que, antes da execução da sentença, repareis bem, Senhor, no que vos pode suceder depois, e que o consulteis com vosso coração enquanto é tempo, porque melhor será arrepender agora, que quando o mal passado não tenha remédio. Bem estais na intenção e alusão com que digo isto, e na razão, fundada em vós mesmo, que tenho para o dizer. Também antes do dilúvio estáveis vós mui colérico e irado contra os homens, e por mais que Noé orava em todos aqueles cem anos, nunca houve remédio para que se aplacasse vossa ira. Romperam-se enfim as cataratas do céu, cresceu o mar até os cumes dos montes, alagou-se o mundo todo: já estaria satisfeita vossa justiça, senão quando ao terceiro dia começaram a boiar os corpos mortos, e a surgir e aparecer em multidão infinita aquelas figuras pálidas, e então se representou sobre as ondas a mais triste e funesta tragédia que nunca viram os anjos, que homens que a vissem, não os havia.
Sermão de Santo Antônio (1654)
Também conhecido como "O Sermão dos Peixes", pois nele o padre usa a imagem dos peixes como símbolo para fazer uma crítica aos vícios dos colonos portugueses que se aproveitavam da condição dos índios para escravizá-los e sujeitá-los ao seu poder. Leia um trecho do sermão:
Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? (...) Enfim, que havemos de pregar hoje aos peixes? Nunca pior auditório. Ao menos têm os peixes duas boas qualidades de ouvintes: ouvem e não falam. Uma só cousa pudera desconsolar o Pregador, que é serem gente os peixes que se não há-de converter. Mas esta dor é tão ordinária, que já pelo costume quase se não sente (...) Suposto isto, para que procedamos com clareza, dividirei, peixes, o vosso sermão em dois pontos: no primeiro louvar-vos-ei as vossas atitudes, no segundo repreender-vos-ei os vossos vícios. (...)